Recentemente, assisti a um vídeo no Canal do Marcio Rolim – ex Bicha 40Tona – que me chamou a atenção por tratar de forma humorada um tema que, na verdade, é bastante relevante e merece reflexão: GAYS QUE CRIAM FIC DE RICO NA INTERNET PRA GANHAR LIKE. O vídeo discutia a tendência de alguns gays de postar fotos nas redes sociais que projetam um status social maior do que realmente possuem. Essa prática, comum em muitos círculos, serviu como um ponto de partida para eu explorar questões mais profundas relacionadas à autoestima e à imagem que as pessoas buscam construir para si mesmas online.
Meu interesse em temas como personalidade, autoestima, narcisismo, codependência, sociopatias e psicopatias não surgiu por acaso. Desde 2018, tenho me dedicado a entender melhor esses aspectos da personalidade, especialmente após sair de um relacionamento tóxico. A necessidade de investigar o que estava acontecendo comigo, de compreender os padrões que me levaram a ter esse tipo relacionamento (praticamente todos pelos quais passei) e de identificar as cicatrizes emocionais deixadas por ele, foi o que me impulsionou a mergulhar nesse universo.
A experiência de um relacionamento destrutivo fez com que eu começasse a questionar não apenas o comportamento do meu parceiro, mas também o meu. Por que permaneci tanto tempo numa situação que claramente me fazia mal? O que estava por trás das minhas escolhas? Foi a partir dessas perguntas que iniciei minha jornada de autodescoberta, buscando respostas em teorias e estudos que abordam as dinâmicas de poder, controle e manipulação, tão presentes em relacionamentos abusivos.
Essa busca por entendimento também me levou a observar padrões semelhantes na comunidade gay, onde muitas vezes, a pressão por aceitação e validação social pode levar a comportamentos que mascaram profundas inseguranças. O vídeo do Marcio Rolim foi um gatilho poderoso para revisitar essas reflexões, ampliando a análise para o impacto que as redes sociais têm na perpetuação desses problemas. A partir daí, comecei a perceber como as plataformas digitais podem agravar questões de autoestima e alimentar comportamentos narcisistas e codependentes, criando uma realidade onde a imagem projetada muitas vezes esconde feridas emocionais ainda abertas.
À medida que aprofundei essas reflexões sobre o vídeo do Marcio Rolim, percebi que seria mais eficaz compartilhar minhas ideias de forma gradual, permitindo que cada tema seja explorado com a profundidade que merece. Por isso, decidi dividir o texto em partes, que irei publicar aos poucos. Dessa forma, espero não apenas facilitar a absorção de cada reflexão, mas também fomentar um diálogo mais rico e contínuo. Quero que cada tópico se torne um ponto de partida para discussões significativas, onde possamos todos contribuir com nossas próprias experiências e perspectivas, criando um espaço de aprendizado mútuo e apoio. Convido todos a acompanhar essa jornada e a participar ativamente, trazendo suas observações e questionamentos para enriquecer a conversa.