Programação é a arte de escrever códigos para controlar o comportamento de computadores e dispositivos eletrônicos, sim, uma arte. Hoje em dia existirem inúmeras ferramentas e recursos disponíveis para ajudar os programadores a escrever códigos de maneira mais eficiente e eficaz, mas, obviamente, nem sempre foi assim.
Quando comecei, no final da década de 80, programar era muito diferente do que é hoje. Não havia internet para consultar por informações e soluções dos problemas do dia a dia. Em vez disso, precisava decorar todas as funções e comandos das linguagens de programação que usavamos, que não eram tão variadas, existiam poucas (comparando-se com a quantidade que atualmente temos à nossa disposição).
Se precisasse de mais informações, eu consultava o manual do fabricante. Esses manuais eram tão grossos que mais pareciam com uma cópia da primeira bíblia impressa por Gutenberg. Só que ao invés de salmos e parábolas, eles tinham exemplos de códigos de programação, mas eu precisava rezar para que funcionassem corretamente.

Recursos de autocompletar ou ferramentas de edição de código avançadas, como o copilot da GitHub, por exemplo, eram apenas coisas de ficção cientifica. Tinha que fazer tudo na unha mesmo, usando editores bem simples, para não falar capengas mesmo, mas – mesmo assim – a gente amava. Um exemplo de editor que morava no meu coração (e de muito programador) era o Sidekick da Borland. Para se ter ideia, o Visual Studio, da Microsoft, só surgiu em 1997.
Nos anos 90 a internet começou a ser utlilizada comercialmente no brasil, mas ainda não havia todo esse arsenal de tutoriais no YouTube, documentações e fóruns onde é possível encontrar soluções para tudo quanto é problema. Para tirar minhas dúvidas eu ainda tinha que usar outras ferramentas, como por exemplo o MSDN da Microsoft (Microsoft Developer Network), uma assinatura que entregava CD’s com informações detalhadas de todos os produtos da, já na época, gigante do software. A empresa que eu trabalhava tinha esse recurso, eu adorava e passava horas consultando o material.
Hoje, quase 4 décadas depois, o que era só uma fantasia virou realidade. Os editores de código atuais são tão avançados, que até antecipam o processo de depuração apontando erros de digitação, além disso, a utilização de assistentes de programação, como a ChatGPT, tem me ajudado a ser mais eficiente e produtivo enquanto programo.
Mas foi quando comecei a usar a ChatGPT pra valer, assim que liberaram para o acesso público, em novembro de 2022, que fiquei preocupado com a possibilidade de me tornar (ainda mais) preguiçoso. Afinal de contas, em vez de pesquisar e digitar código sozinho, agora basta pedir ajuda para ela. Piadoca, claro.

Mais tempo para o que realmente interessa...
Aos poucos fui percebendo o quanto esse tipo de ferramenta é incrível, pois consigo economizar tempo e esforço. Com ela, consigo encontrar rapidamente respostas para minhas necessidades de programação (que às vezes nem são dúvidas, é só preguiça mesmo, rsrs) e, em seguida, usar esse tempo para me concentrar em coisas mais importantes, como “limpar” o código final e torná-lo mais eficiente, ou até mesmo pegar um café e relaxar um pouco. Além disso, ela ajuda a evitar erros comuns e garantir que o código esteja seguro e funcionando corretamente.
Realmente vejo essa ferramenta como meu assistente de programação pessoal, sempre pronto e disponível para me ajudar a cada passo do caminho. Para os que estão aí, com medo de perder o emprego por conta dessas novas tecnologias, eu recomendo que vocês dêem uma chance e comecem a usar essa ferramenta o quanto antes.
No meu tempo era só um cursor verde piscando!
KKKK. Era isso mesmo! Aquela coisa vazia e assustadora na nossa frente. Tudo era na base do teclado! Eu, que tinha feito curso de datilografia, me dei bem.