Oi pessoal! Aqui estou eu, o cinquentão dos anos 80, pronto para compartilhar um pouco sobre meu primeiro show solo de stand-up comedy: “Tá Bixada”. Se você não é comediante e nem faz parte do meio pode estar se perguntando o que diabos é um solo de stand-up? Eu te explico!
Um solo de stand-up é um espetáculo em que o artista – nesse caso euzinha – se apresenta sozinho, sem um elenco de apoio ou trama elaborada. Apenas o artista, um microfone e um público doido pra dar risadas. E é exatamente isso que estou prestes a fazer: enfrentar os leões, quer dizer, o público, sozinho, armado apenas com minhas histórias e um senso de humor autodepreciativo.
Para o comediante normal (que é o meu caso), tudo começa com os “5 minutos de texto bom”, que a gente vai malhando, repetindo e testando à exaustão. A gente repete tantas vezes que tanto o público, geralmente os amigos (que começam a inventar as mais esfarrapadas desculpas para não ter que ir nos shows), quanto eu mesmo ficamos cansados de ouvir sobre o mesmo assunto encenado de mil maneiras diferentes. Mas isso é parte do processo, parte da jornada para refinar o repertório e encontrar o próprio estilo no palco. Geralmente é nesse ponto que a gente percebe que é hora de aumentar o texto.
Esse processo é realmente demorado e varia de comediante para comediante, no meu caso foram mais de dois anos de muita ralação – tem comediante que começa e já no primeiro mês ahca que já tem um solo (que Deus tenha piedade destas criaturas). Meu primeiro solo é isso, um compiladão do material que fui juntando durante esse tempo e que recebeu o “selo de aprovação”, ou seja, fez o público rir. E olha, não é apenas o meu achometro falando – eu tenho evidências! -> Sempre que posso gravo (ou compro do pessoal que grava os shows) todas as minhas apresentações para ter certeza de que a minha performance no palco está à altura dessa afirmação. Sugiro que você, que está começando na comédia, faça o mesmo (este trecho em negrito foi tirado do post: SOU UM COMEDIANTE COXINHA DE JACA).
Ao longo do tempo, fui adicionando pedacinhos aqui e caquinhos ali, além de ter recebido sugestões valiosas. Algumas delas foram descartadas, não por soberba, mas porque não se pareciam com algo que eu diria no palco, tinham mais a ver com a pessoa que me deu a dica. Afinal, cada comediante tem seu próprio estilo e eu gosto de manter a autenticidade nas minhas piadas.
Um show do tempo em que era cada uma por sí e Santa Cher por todas!
—Régis Araújo – Filósofo e Comediante
O que me define, o que me faz ser quem sou hoje, minhas experiências de vida, desde meu frustrado primeiro casamento com uma mulher (sim, sou gay, o que definitivamente influenciou nessa frustração) até lidar com a careca, passando – claro – por ser gay e os desafios ter mais de 50 anos. Esse é o material para o meu primeiro solo!
Não foi fácil, mas aqui estou eu, com o “Tá Bixada”, um show do tempo em que era cada uma por si e Santa Cher por todas! E não posso negar, a década de 80 moldou a minha personalidade e humor. Não existia comercialmente a internet nem o celular, telefone fixo (que hoje praticamente não existe mai) e TV a cabo era coisa de rico, e a maior novidade da TV era a MTV, que estava começando a bombar no Brasil. Lembra dos orelhões que dominavam as ruas de São Paulo? Ah, bons tempos!
Enfim, estou MUITO ansioso para estrear o “Tá Bixada”. Mal posso esperar para vê-los na plateia, compartilhando esses momentos incríveis comigo. Agora, antes que você pense que desmaiar no palco faz parte do show, deixe-me ser bem claro: não faz! Se eu cair duro lá, PELOAMORDEDEUS, chama o SAMU!
Quero te ver por lá! 🌈🤣
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Régis Araújo
Tá Bixada: Um show do tempo em que era cada uma por sí e Santa Cher por todas!< br/>
Capão Comedy
15/Julho 21h
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